terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tempos difíceis

Foto retirada da net


Gosto de ser uma pessoa positiva e detesto quando ando nas fases menos optimistas, mas à alturas em que parece que tudo cai à nossa volta.

Tenho andado a tentar retomar a minha rotina diária com o meu marido e filhota, para depois conseguir mais tempo para o blog e para visitar os blogs que adoro.

Para estes lados tem andado uma confusão...

Depois da exposição começaram as férias, como na minha família tenho muiiiiitos emigrantes, o mês de Julho e Agosto é uma correria para conseguir dar atenção a todos e aproveitar todos os minutinhos para matar saudades e carregar a bagagem emocional para mais um ano de distância.


Estava tudo a correr muito bem, com muitos convívios, almoços e jantares de família (a propósito, este ano os meus pais fizeram 30 anos de casados), e as típicas festas de aldeias, que cá na minha santa terrinha ainda servem para rever os amigos e conhecidos que não se encontram noutras alturas.

É aqui que o sol deixa de ser tão brilhante e parece que uma nuvem negra não deixa que a nossa mente fique limpa e luminosa.
No meio de toda a euforia das férias e das festas, recebe-se uma notícia de que do outro lado do oceano, em terras de tio Sam, um filho da terra, que não visitava a família à 6 anos, devido às leis da emigração, perde a vida aos 26 anos num acidente de trabalho, deixando mulher grávida de 8 meses, e um filho de 18 meses.
Custa mais ainda quando esse filho da terra é nosso amigo e filho, irmão, primo de pessoas com quem lidamos todos os dias e que fazem parte das nossas vidas.

Para ajudar ao desespero geral, dias antes da tragédia levantou-se a hipótese de ele estar a preparar uma visita surpresa à família, já que tudo aconteceu pouco tempo após, finalmente, ele conseguir a legalização.
É por isso que eu não acredito em coincidências. Tudo deve estar traçado em algum diário muito bem escondido.

Bem, isto acontece na primeira semana de Agosto e consegue ensombrar quaisquer planos de descanso ou férias que alguém possa ter traçado.

Começa Setembro e a minha filhota vê finalmente o dia que tanto tem esperado.
O seu primeiro dia de escolinha!!!
Tudo começa de uma maneira fantástica, a primeira semana é um regalo de se ver, acorda bem disposta e é uma alegria para uma mãe de coração apertado ver o entusiasmo da filhota a entrar na carrinha que a vai levar à escolinha.

Primeiro fim de semana, começa o martírio, noites mal dormidas, choradeiras de manhã para levantar, vestir e entrar na carrinha, enfim... quem é mãe de miúdos da idade da minha deve entender.

Ora bem, próximo passo, muita conversa com a filha, educadora, animadoras, etc... para descobrir o que se passa.

Resultado da pesquisa:

Ponto 1 - Não fez ainda novos amigos.
Motivo - Os miúdos são todos uns chatos (palavras dela)
Solução - Ainda não encontrei, mas acho que com o tempo isto vai lá.

Ponto 2 - Muito soninho acumulado. (apesar de ela chegar a casa às 18h30 e cair redonda sem jantar, pelas 19h,depois de um banho com muita choradeira )
Motivo - Estava habituada a dormir à tarde e na escolinha dela não se pode.
Solução - Sempre que posso vou buscá-la mais cedo para ela descansar mais um bocadito.

Isto sem tirar as queixinhas que um miúdo é chato, o outro é parvo, o outro não a deixa brincar aqui, o outro não a deixa mexer ali. AIIIIIIIIII, estou a dar em doida.

Ela é uma menina muito carinhosa e muito meiga, mas também muito senhora do seu nariz e está muito difícil de se habituar a fazer novas amizades.

Para já engraçou com uma animadora e para onde ela for, a miúda vai atrás.

Melhores dias virão.